Alunos das escolas de ensino fundamental (Emef) pintaram o muro da escola com a técnica de graffiti. O workshop de graffiti contou com a participação de 10 alunos das escolas municipais de Imigrante. Foram trabalhados o contexto histórico do graffiti, artistas e diferenças para a pichação.
“Criamos desenhos a partir dos estilos de graffiti e stencil (moldes) para a prática com spray. Logo a Emef Santo Antônio disponibilizou o muro da sua escola para a prática final”, explica Samuel Hergessel. Samuel é profissional reconhecido na região, por ter pintado os silos do Porto de Estrela, além da pintura da parede interna do Ginásio Municipal Arnoldo Guilherme Rex, que embelezou o local.
Entre os alunos do 5º ao 8º ano, estava Joaquim Schroer Carminatti, de 14 anos. Joaquim considerou que a atividade deixará um registro na história da escola. “Essa pintura ficará gravada para as futuras gerações. Algo que nós fizemos e que vai ficar”, disse o jovem. Além dele, Mateus Schmitt, de 11 anos, Kamilli Selva, de 14 e Roger Dörr, de 13 anos foram alguns dos participantes.
Vidas em transformação
A psicóloga da Secretaria da Saúde e Assistência Social, Thais Massom explica que o grupo surgiu em função da demanda da saúde mental dos adolescentes, que apresenta alto índice de jovens que utilizam ansiogênicos, ou já têm sintomas de ansiedade e depressão. Além disso, essa faixa etária passa por questões de habilidades sociais, já que passou por uma pandemia, onde não houve interação social nas escolas.
“Pensando em como trabalhar essas questões, acabamos convidando o Samuel, para podermos trabalhar a expressão desses adolescentes, por meio do graffiti. É muito importante que o adolescente se sinta incluído na comunidade. Com o workshop de graffiti, conseguimos reunir todos esses pontos em um único projeto”, disse Thais.
No primeiro encontro, houve a interação dos jovens. Ao longo das aulas, o professor ensinou as técnicas de desenhos, até os alunos montarem o projeto para ser aplicado no muro da Emef Santo Antônio. “Nosso intuito é voltar ano que vem com o projeto, não sabemos se será o graffiti, mas a técnica estará incluída. Buscamos transformar eles em agentes sociais, fazer com que essas pessoas participem da comunidade, sendo líderes comunitários, líderes de paróquias e de outras agremiações”, conclui a psicóloga.
Imigrante