Uma comissão está avaliando as consequências da falta de chuva no município. A primeira reunião entre Secretaria da Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Centro de Referência de Assistência Social (Cras), Emater e Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Imigrante ocorreu na quinta-feira, dia 19. Nesse primeiro encontro, o grupo reuniu dados e vai monitorar semanalmente o cenário.
A intenção é minimizar as consequências da estiagem, e se necessário, decretar estado de emergência para obter auxílio aos agricultores. Conforme o coordenador do Cras, André Parleze, sete famílias imigrantenses já estão recebendo água potável de caminhão-pipa. “Conforme dados dos Bombeiros Voluntários Imicol, desde o dia 1º foram distribuídos 153 mil litros de água, correspondendo a 36 cargas”, aponta Parleze.
O presidente do STR, Sildo Meier, relata que em alguns pontos o Arroio da Seca parou de correr. O secretário das Agricultura, Gilnei Dahmer, disse que o primeiro plantio de milho teve um rendimento considerado satisfatório. “A seca deste verão iniciou mais tarde do que a anterior. A primeira colheita foi boa. O que nos preocupa é o milho plantado em outubro e novembro, além da soja. A produtividade do milho safrinha também está em risco. Caso não chova nas próximas semanas, as lavouras de soja poderão ser totalmente perdidas”, disse Dahmer.
O engenheiro agrônomo da Emater, Maciel Budde, explicou que Imigrante possui 150 hectares plantados de milho em grão, mais 1.250 hectares do milho silagem. A soja ocupa 120 hectares do solo. “Neste momento temos uma perda estimada em 20% no milho. Caso não chova, essa perda pode ultrapassar os 30%. A soja foi plantada em novembro. Algumas chuvas podem reavivar a planta, mas a falta dela pode ocasionar perda total na lavoura”, disse.
Fotos de Carlos Eduardo Schneider
Legenda: Sildo Meier, André Parleze, servidor da Secretaria da Agricultura Marcos Mügge, Maciel Budde e Gilnei Dahmer
Imigrante