Uma comissão, formada por vários setores da comunidade, está reunindo dados para encaminhar o decreto de emergência, em função da estiagem. A decisão foi tomada, levando-se em consideração as perdas na agricultura e número de famílias atendidas com água potável. Os prognósticos meteorológicos não apontam chuvas em volumes significativos nas próximas semanas. Agora, a equipe prepara o laudo, para encaminhar ao Estado.
O acumulado pluviométrico desde 6 de dezembro marca 72 milímetros. “Desde lá, as culturas já plantadas ainda tiveram colheita satisfatória. É o caso do milho. O que foi plantado depois disso, terá perda considerável”, argumenta o secretário da Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Gilnei Dahmer.
Além dele, estavam presentes na reunião, o prefeito em exercício, Fabiano Acadroli, coordenador do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), André Parleze, servidor da secretaria da Agricultura, Marcos Mügge, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Imigrante, Sildo Meier, engenheiro agrônomo da Emater municipal, Maciel Budde e a chefe do escritório da Emater municipal, Cristiane Dexheimer.
Os dados atualizados dão conta de que, desde o dia 1º de janeiro, foram distribuídos 277 mil litros de água e 10 são as famílias atendidas”, aponta André Parleze. No mesmo período do ano passado, eram 300 o número de famílias, que de alguma forma tiveram perdas com a estiagem. O número, este ano, continua o mesmo, conforme levantamento da comissão.
Perdas na lavoura
Segundo dados da Emater, o milho é a cultura mais afetada. “No ano passado, tivemos perda de 50% no milho grão e 40% no milho para silagem. Agora, o prejuízo no grão chega a 53% e no milho silagem, a 42%”, relata Maciel Budde. O percentual de prejuízo na soja chega a 40%. O saldo negativo, porém, pode diminuir, caso chova nas próximas semanas. “Dos 33 hectares de uva plantados em Imigrante, levantamos uma perda média de 25%”, disse Budde.
Comissão reforça a importância de poupar água
O grupo responsável por levantar os prejuízos causados pela estiagem, alerta para a importância de economizar água. “Temos que ter consciência de que o período é delicado. A água é um recurso coletivo e finito. Quando desperdiçamos, não estamos gastando somente a nossa parte, mas tirando de outras pessoas”, ressalta Fabiano Acadroli.
A falta de chuva faz com que a água dos lençóis freáticos não se renovem com tanta rapidez, o que ocasiona a falta do recurso. Para evitar o desperdício, basta não lavar calçadas, telhados, automóveis, regar o jardim utilizando mangueira.
Legenda: Conforme a Emater, do milho grão chega a 53% e milho silagem, a 42%
Imigrante